domingo, 30 de outubro de 2011

Sobe para 17 nº de mortos em Cabul; 13 são soldados dos EUA

Ao menos 13 soldados americanos foram mortos em um atentando suicida em Cabul, capital afegã, quando um homem-bomba atacou um veículo de um comboio da Otan, a aliança militar do Ocidente, segundo oficiais.

Autoridades dos Estados Unidos citadas pela emissora de TV americana CNN ressaltaram que mais detalhes continuam surgindo. Acredita-se que um veículo muito danificado transportava as tropas estrangeiras que estavam no comboio.

"Podemos confirmar que 13 membros da ISAF foram mortos", disse um porta-voz da ISAF.

Excluindo quedas de helicópteros, este foi o acidente mais mortífero para tropas estrangeiras desde que a guerra começou em 2001.

Quatro afegãos também foram reportados mortos, mas ainda não está claro quantas pessoas foram feridas, afirmou o porta-voz do Ministério do Interior afegão, Sediq Sediqqi.

O ataque ao comboio da Isaf (Força Internacional de Segurança), liderada pela Otan, ocorreu na praça de Darulaman, no oeste da cidade, perto do museu nacional, por volta das 11h15 da manhã do horário local (4h45 em Brasília), afirmou o chefe da polícia de Cabul, Hashmat Stanikzai.

O grupo Taleban assumiu a autoria do ataque em um comunicado divulgado pouco depois, dizendo que lotou um veículo de quatro rodas com 700 kg de explosivos. A região do ataque se encontra sob controle das forças de segurança.

O antigo palácio real, agora em ruínas, também está localizado nesta região, com vários departamentos do governo. "Vários membros da Isaf foram registrados como vítimas", disse um porta-voz da força liderada pela Otan.

Os insurgentes talebans costumam recorrer a ataques suicidas como parte de suas tentativas para conseguir a saída imediata das tropas internacionais desdobradas no país e a queda do governo afegão, liderado pelo presidente, Hamid Karzai.

Cabul foi palco de mais de uma dezena de ataques nos últimos anos. A violência no Afeganistão tem piorado desde o início da guerra, há dez anos, de acordo com as Nações Unidas, apesar da presença de mais de 130 mil tropas estrangeiras.

A Isaf disse que recentemente houve uma queda nos ataques, mas esta informação exclui os atentados que mataram apenas civis e ataques às forças de segurança afegã que operam sem tropas internacionais.

FOLHA