quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Premiê grego estaria disposto a retirar proposta de referendo

Um porta-voz do governo de Geroge Papandreou afirmou nesta quinta-feira, segundo informou a agência Reuters, que o gabinete grego está pronto para negociar com a oposição a formação de um governo provisório até que eleições antecipadas sejam realizadas.

A proposta do referendo sobre o plano de resgate da Grécia pode ser abandonada, caso governo e a oposição cheguem a um acordo para resolver a crise política e formar um governo de transição, segundo informou um funcionário do gabinete do primeiro-ministro citado pelas agências de notícias.

"Não há razão para ter um referendo se existe consenso entre os dois partidos", disse a fonte citada pela Reuters.

Nesta tarde, o site do jornal "The Guardian" informou que fontes do gabinete do governo grego revelaram que Papandreou reconheceu que não será possível realizar o referendo, uma vez que deixar a zona do euro seria arriscado para o futuro da Grécia.

A concessão de Papandreou em aceitar formar um governo provisório ocorre no momento em que o premiê enfrenta duras críticas por parte tanto da oposição como da base governista, além de líderes internacionais, após o anúncio nesta semana de um referendo sobre o plano de resgate do país.

Durante uma reunião urgente do conselho de ministros Papandreou afirmou que não vai renunciar, desmentindo informações do jornal "To Vima" de que iria deixar o cargo nesta quinta-feira.

O jornal "To Vima" havia publicado que o premiê apresentaria ainda nesta quinta sua demissão ao presidente Karolos Papoulios para facilitar a formação de um governo de transição.

O opositor Samaras, que havia exigido eleições antecipadas, pediu nesta quinta que seja eleito um governo de transição que tenha como objetivo aprovar o plano de resgate da Grécia e, em seguida, a realização de eleições gerais.

O conservador também pediu, segundo o canal "NET", que esse governo de transição deve ser formado por técnicos, "sem personalidades políticas", e pediu que as eleições sejam realizadas antecipadamente, em dezembro.

REUTERS/FOLHA