quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Setor de tecnologia dobrará participação na economia até 2022

O setor de tecnologia da informação deve dobrar sua relevância na economia brasileira nos próximos 11 anos, mas ainda deverá ficar atrás dos países-referência no ramo, como a Índia.

A área, que inclui venda de software, hardware e serviços de tecnologia, movimenta hoje US$ 85,7 bilhões e deverá chegar a US$ 200 bilhões em 2022, segundo estimativas da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).

O setor, que representa 4% do PIB nacional atualmente deverá crescer dois pontos percentuais, chegando a 6% no período. Apesar do avanço, o Brasil ainda permanecerá distante da Índia, principal referência para a exportação de serviços em tecnologia.

Naquele país, só os serviços de terceirização representam hoje 7% da economia e deverão chegar a US$ 280 bilhões já no ano que vem.

Hoje o Brasil exporta US$ 2,4 bilhões em serviços de tecnologia, e poderá atingir US$ 200 bilhões nas perspectivas mais otimistas nos próximos 11 anos.

US$ 1 TRILHÃO DE OPORTUNIDADES

Durante o primeiro dia do fórum "Brazil in 2022: Ordem e Progresso", realizado pela revista The Economist em São Paulo, integrantes da Brasscom apontaram ainda ser necessário o país se preparar para aproveitar cerca de US$ 1 trilhão em oportunidades que vão surgir ao longo dos próximos anos na economia mundial.

"Existem oportunidades em inovação, infraestrutura, competitividade e ainda em setores específicos como tecnologia limpa. Quem pode aproveitar principalmente essas oportunidades? Principalmente a América Latina e a região da Ásia e Pacífico", disse Antonio Gil, presidente da Brasscom.

Segundo Gil, a formação de mão-de-obra especializada poderá ajudar a perseguir o objetivo de aumentar a participação do setor na economia.

"Ao longo dos cinco anos 110 mil brasileiros receberão bolsas de estudo do governo para estudar questões referentes a tecnologia e isso já é um passo importante para a formação de capital humano, essencial para desenvolver o setor", disse.

O evento da Economist acontece até amanhã em São Paulo e discutirá perspectivas para a economia brasileira até 2022.

FOLHA