quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Vítima de sequestro, universitário morre durante ação da Rota

Vítima de sequestro relâmpago no caminho para a universidade, um estudante de 23 anos foi morto em um tiroteio entre um criminoso e quatro policiais da Rota, tropa de elite da Polícia Militar paulista.

Márcio Marques Carvalho Alves foi baleado no lado esquerdo do tórax às 21h30 do dia 22, quando a equipe da Rota tentou interceptar o carro de sua família, um Honda Civic preto, no Parque Regina, zona sul de São Paulo.

Alves trabalhava em uma indústria e estudava química na Uniban Brasil no Campo Limpo (zona sul). Na noite em que morreu, Alves saiu de casa com a noiva, a deixou na Faculdade Morumbi Sul e seguiu para a faculdade onde faria uma prova.

No trajeto, o universitário ligou para uma amiga e soube que a avaliação havia sido adiada. O jovem, então, decidiu voltar para casa, mas acabou vítima do sequestro.

Polícia Civil e Corregedoria da PM investigam o crime e aguardam laudo do IC (Instituto de Criminalística) que determinará se o tiro contra o universitário partiu da arma de algum PM da Rota ou do revólver calibre 38 do acusado de mantê-lo refém.

"A única certeza que tenho é que perdi meu filho, que nada o trará de volta. Perdi meu filho numa tragédia, numa imbecilidade sem tamanho", disse o encarregado Antônio Carvalho Alves, 56.

As pistolas.40 de três dos quatro PMs foram apreendidas, assim como o revólver calibre 38 que, segundo os policiais, foi usado por Ladislau Felício Silveira Souza dos Santos, 23, para atirar nos policiais e em Alves.

Os PMs da Rota trocaram tiros duas vezes com Santos. No segundo confronto, Santos foi baleado de raspão no braço e fugiu. Ele foi achado num hospital, acabou preso e reconhecido pelos PMs e por testemunhas que o viram dentro do carro de Alves.

O Comando-Geral da PM informou que "foi instaurado um Inquérito Policial Militar para elucidar o caso e que, pelas características da ocorrência e dos ferimentos em Márcio, há indícios de que a morte foi provocada pelo criminoso, porém, as investigações é que vão concluir em definitivo".

A reportagem tentou entrevistá-los ontem, por meio de um pedido ao Setor de Comunicação Social da PM, mas não houve retorno.

FOLHA