sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ataque aéreo israelense mata líder de braço da Al Qaeda em Gaza



Israel matou o líder de uma facção inspirada pela Al Qaeda em um ataque aéreo na Faixa de Gaza nesta sexta-feira. O homem morto era acusado de lançar foguetes de curto alcance contra o Estado judaico.

Militantes identificaram o líder do Exército do Islã como Momen Abu Daf. Sua organização faz parte de um grupo de entidades palestinas que afirmam ter ligação com a Al Qaeda e que recebem o reforço de radicais salafistas voluntários do vizinho Egito.

Abu Daf foi morto quando um míssil atingiu o bairro de Zeitoun, na zona leste da Cidade de Gaza, de acordo com a administração local a cargo do grupo palestino Hamas. Outros cinco palestinos ficaram feridos e um deles precisou ser hospitalizado, informou o Ministério da Saúde palestino.



Em comunicado, os militares israelenses disseram que sua aeronave "mirou um esquadrão terrorista que foi identificado momentos antes de lançar foguetes contra Israel a partir do norte da faixa de Gaza".

Esses militantes, disse o comunicado de Israel, foram "responsáveis por lançar foguetes contra Israel nos últimos dias".

Ataques salafistas contra Israel são um desafio aos esforços de trégua do Hamas, que prega a acomodação mais política do islamismo apesar de também defender a destruição de Israel.

Forças israelenses mataram outro militante salafista, Abdallah Telbani, na terça-feira, afirmando que ele tinha ajudado a realizar ataques a partir do Sinai, no Egito, contra Israel.

NOVA OPERAÇÃO

Na quarta-feira, o chefe do Exército israelense, Benny Gantz, disse acreditar que a operação "Chumbo Fundido", lançada há três anos contra Gaza para interromper ataques com foguetes a Israel, teve bons resultados, mas terá que ser repetida no futuro.

Em uma entrevista à rádio militar do país, Gantz afirmou que a ofensiva, na qual morreram 1.400 palestinos e 11 mil moradias foram destruídas ou danificadas, foi "uma operação excelente", informou o jornal israelense "Haaretz".

O lançamento de foguetes contra Israel pelas milícias de Gaza reduziu desde o ataque, apesar de as partes estarem se envolvendo em um aumento da tensão nos últimos dias.

Estes conflitos e a consequente sensação em Israel de que o Exército tem que se recuperar da dissuasão obtida na operação aumentaram as vozes de dentro e fora do governo que pedem uma nova invasão ainda mais dura na faixa de Gaza.

"Não aconselho ao Hamas que ponha em prova nosso brio", disse Gantz antes de afirmar que Israel não tem mais escolha, a não ser lançar, cedo ou tarde, uma nova e grande ofensiva na região, que terá que ser "rápida e dolorosa".

Com relação a quando ocorreria a nova operação, Gantz se limitou a dizer que será realizada "quando se derem as condições apropriadas".

FOLHA