sábado, 31 de dezembro de 2011

Índice europeu fecha ano com pior recuo em 3 anos, de 10,7%


As ações europeias subiram nesta sexta-feira, mas fecharam 2011 com a maior queda acumulada desde que tensões com a crise da dívida na zona do euro contaminaram o setor financeiro e ameaçaram a frágil recuperação econômica.

O FTSEurofirst 300, principal indicador das Bolsas europeias, fechou com alta de 0,87%, a 1.001 pontos, com um volume menor do que a média do trimestre. Os mercados da Grã-Bretanha e da Alemanha fecharam mais cedo por conta do feriado de Ano Novo.

O indicador registrou perda de cerca de 10,7% no ano, o maior declínio desde 2008. Ações de setores cíclicos estiveram entre as mais atingidas, conforme medidas de austeridade governamentais e um aperto no crédito na zona do euro contiveram o crescimento econômico e sustentaram um ambiente de negociações focado em fatores macroeconômicos.

"É um mercado muito unidimensional. É difícil lembrar de uma época em que ele não foi motivado apenas por um simples fator", afirmou o vice-presidente de investimentos de ações europeias no BNP Paribas Investment Partners, Andrew King.

Ações de bancos da zona do euro, os mais expostos à dívida da região, tiveram a pior performance, perdendo quase 40% de seu valor em 12 meses. O setor financeiro foi seguido pelo de recursos básicos, tradicionalmente orientado pelo crescimento, cujo recuo foi de 31%.

Em Londres, o índice Financial Times subiu 0,10%, a 5.572 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX registrou alta de 0,85%, para 5.898 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 avançou 1,03%, a 3.159 pontos.

Em Milão, o índice Ftse/Mib teve oscilação positiva de 1,22%, para 15.089 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 subiu 0,92%, a 8.566 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 teve alta de 0,10%, para 5.494 pontos.

REUTERS/FOLHA