sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Produção de aço da China cai para menor nível em 14 meses


A produção de aço bruto na China caiu 9% em novembro em relação a outubro, para 49,88 milhões de toneladas, o mais baixo nível desde setembro do ano passado, mostraram nesta sexta-feira números da agência nacional de estatísticas do país.

A produção diária do maior fabricante de aço do mundo somou 1,663 milhão de toneladas durante o mês, uma vez que siderúrgicas diminuíram a produção por causa da demanda tradicionalmente menor nesta época.

"Com o preço do minério de ferro em alta em novembro, algumas pequenas siderúrgicas deixaram os planos de retomar a produção, enquanto as maiores ainda estão com produção menor", afirmou o analista Feng Gangyong, da GF Securities.

O movimento está em linha com os números publicados pela Associação de Ferro e Aço da China, que estimou a produção média diária de aço do país abaixo de 1,7 milhão de toneladas em novembro.

A produção no ano até agora soma 631 milhões de toneladas, alta de 9,8% em relação a um ano antes, mostraram os números da associação.

Feng estimou que a produção de aço somará 678 milhões de toneladas neste ano, alta de 8% em relação ao ano passado.

A maior demanda por parte do setor de construção estimulou as siderúrgias chinesas a operarem perto da capacidade máxima de fevereiro até setembro, quando a produção diária ficou em cerca de 1,9 milhão de toneladas nesses meses, mas as políticas rigorosas de crédito de Pequim começaram a esfriar a demanda.

O crescimento da produção industrial chinesa chegou ao menor nível em mais de dois anos em novembro, aumentando os sinais de que a segunda maior economia do mundo está diminuindo de ritmo.

"Agora ainda é um estágio de esvaziar os estoques, e a demanda de aço continua fraca, mas eu não vejo uma grande possibilidade dos preços de aço caírem em futuro próximo", disse Feng. "Acho que a demanda aumentará depois do Ano Novo lunar".

A China produziu 126,4 milhões de toneladas de minério de ferro em novembro, alta de 35% em relação a um ano antes.

REUTERS/FOLHA