Os países desenvolvidos vivem uma situação econômica "muito dramática" e o cenário internacional está num "momento muito difícil".
A avaliação é da presidente Dilma Rousseff, que discursou mais uma vez sobre o assunto durante cerimônia com a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, diretora-executiva da ONU Mulheres.
"O motivo pelo qual eu apoiei e enfatizei no G20 a criação do piso de proteção social é que nós estamos vivendo uma situação econômica nos países desenvolvidos muito dramática e de certo ponto de vista prejudicial para suas populações",afirmou Dilma.
No mês passado, na reunião de cúpula grupo em Cannes, a presidente defendeu uma antiga proposta da OIT (Organização Internacional do Trabalho) para a criação de uma espécie de programa de renda mínima global, nos moldes do Bolsa Família brasileiro.
A presidente citou ainda o aumento do desemprego e a perspectiva de retrocesso nas políticas sociais diante da crise econômica internacional.
"Processos de desemprego dramáticos levam a processo de perda de qualidade de vida e de condições de sobrevivência. Por isso eu acho que os governos precisam romper com a dissonância cada vez maior entre a voz dos mercados e a voz das ruas", disse a presidente.
'NÃO ESTÁ NA MINHA AGENDA'
A ex-presidente chilena elogiou em seu discurso a política social brasileira e afirmou que programas como o Bolsa Família podem ajudar a "reduzir a volatilidade econômica provocada por uma crise, já que esse tipo de programa busca manter a capacidade de consumo das famílias de renda baixa".
Perguntada se pretende voltar a se candidatar à presidência do Chile, Bachelet afirmou: "Não está na minha agenda".
Bachelet veio ao Brasil para participar da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.
FOLHA