segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Governo da Colômbia oferece ajuda em resgate de reféns das Farc


O governo da Colômbia reiterou nesta segunda-feira sua oferta para coordenar o resgate de seis reféns do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

A oferta foi feita pelo ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón Bueno, um dia após a associação "Colombianos e Colombianas pela Paz" (CCP), liderada pela ex-senadora Piedad Córdoba, ter pedido a empresários do país uma contribuição para alugar um helicóptero para a operação de resgate.

"Francamente, não é necessário buscar financiamento, se nos disserem amanhã onde estão [os reféns], podemos enviar helicópteros militares ou qualquer aeronave", afirmou Bueno.

Ele agregou que "o importante" é "trazer estas pessoas sãs e salvas a seus lares o quanto antes, sem continuar com este espetáculo midiático".

Em liberações anteriores, o governo do Brasil deu apoio logístico, emprestando aeronaves para levar os sequestrados a centros urbanos. O atual governo colombiano, no entanto, é contra a intervenção de outros países nas operações de resgate.

LIBERTAÇÃO

Na quarta (25), um comandante das Farc identificou seis reféns, entre militares e policiais, que a guerrilha vai libertar nas próximas semanas, e propôs uma mudança constitucional para pedir a troca de guerrilheiros presos por pessoas mantidas em cativeiro na selva colombiana.

Ivan Márquez descreveu em vídeo a próxima libertação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) como "um ato de paz".

O comandante barbado, que usava roupas em verde-oliva e estava sentado em uma escrivaninha no que disse serem as montanhas da Colômbia, faz parte do secretariado de sete membros que lidera o grupo financiado pelo tráfico de drogas.

Os seis cativos são parte dos onze membros das Forças Armadas colombianas que são mantidos reféns pelas Farc há mais de uma década. O grupo rebelde também mantém pelo menos 300 civis presos em cativeiro.

"As famílias dos prisioneiros de guerra querem que seus entes amados voltem vivos para casa", disse Márquez em seu primeiro comunicado gravado desde 2007, quando ele apareceu junto com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, no palácio presidencial de Caracas.

O vídeo é o último de uma série de mensagens de paz feitas pela insurgência com quase cinco décadas de existência desde que tropas mataram seu líder, Alfonso Cano, no final do ano passado. O comandante rebelde Timochenko assumiu seu lugar.

ANSA/FOLHA