domingo, 8 de abril de 2012

Após 8 dias em cativeiro, adolescente sequestrada é libertada em Minas Gerais


A Polícia confirmou que a adolescente de 14 anos, sequestrada há 8 dias por seu primo Lindair Marques, foi libertada na noite deste sábado próximo a Serra dda Canastra, em São Roque de Minas (MG).

Policiais do Deoesp (Departamento de Operações Especiais) da Polícia Civil de Minas Gerais negociaram a libertação da refém com Marques.

De acordo com a Polícia Civil, a adolescente foi liberada perto de um rio próximo a Serra da Canastra e, de lá, seguiu andando por uma estrada onde foi ao encontro dos policiais que a aguardavam.

Ao chegar na delegacia, a vítima respondeu a perguntas dos policiais e passou por uma consulta médica, que indicou incialmente que ela estava bem, segundo informação da polícia.

A jovem contou aos policias que ficou em uma barraca de camping camuflada pela mata e que não foi agredida pelo sequestrador. Os dois se alimentavam da comida levada na mochila de Marques.

Por volta das 22h, a jovem foi para casa acompanhada dos pais. Ela deve voltar à delegacia nos próximos dias para prestar depoimento.

Após liberar a adolescente, o sequestrador fugiu. Segundo a polícia, as buscas por Marques continuam na região da Serra da Canastra.

O sequestrador é primo do pai da adolescente, o ex-prefeito da cidade Antônio Batista Sobrinho.

A polícia dizia haver dificuldade em encontrar o cativeiro porque Marques conhece bem as matas da região da Serra da Canastra.

Ele já fez inclusive treinamento de guia turístico no Parque Nacional da Serra da Canastra.

O rapaz está em liberdade condicional e está foragido da polícia há mais de um mês, após ser suspeito de cometer furtos em fazendas da região.

SEQUESTRO

A adolescente foi levada na última sexta-feira (30) da fazenda onde mora com os pais, após Marques bater na porta e pedir comida. Segundo a polícia, o homem passou então a ameaçá-los com uma arma. Ao sair da casa, levou a menina e pediu R$ 20 mil para libertá-la.

Depois disso, ele ligou duas vezes para uma rádio da cidade. Na primeira, disse que não queria mais dinheiro e que iria libertar a menina. Exigiu apenas não ser incomodado. Ligou outro dia e informou que libertaria a adolescente.

Em outra ligação, ele disse para a polícia parar de fazer sobrevoos na mata, senão mataria a menina e se mataria. A sua mulher, Lenilda Simões, com quem tem três filhos, falou com ele em uma das ligações. Ela pediu que ele libertasse a adolescente.

Na família de Marques, dois irmãos dele se mataram, após conflitos com as mulheres. Por causa desse histórico familiar, a polícia considera a situação muito delicada. Lenilda, porém, disse não acreditar em algo pior. 

Ela disse que o marido gosta de crianças e tem carinho com os filhos.

FOLHA