quinta-feira, 26 de abril de 2012

Dilma elogia declaração de prêmio Nobel de Economia sobre Brasil


A presidente Dilma Rousseff elogiou nesta quinta-feira, em evento no Rio, as declarações que o economista indiano Amartya Sen, 78, ganhador do Nobel de Economia em 1998, deu sobre o Brasil ao participar de um ciclo de palestras em São Paulo na última segunda.

Na ocasião, Sen afirmou que o país é um bom exemplo de conciliação entre rápido crescimento econômico e desenvolvimento social.

"Ainda nessa semana, o indiano Amartya Sen, prêmio Nobel de Economia, afirmou algo que deve nos orgulhar: que a nova posição do Brasil no cenário global deve-se ao reconhecimento da complementariedade entre crescimento rápido e política de justiça social", disse Dilma ao participar de evento em comemoração à marca de 1,5 milhão de pessoas no Estado do Rio atendidas pelos programas de transferência de renda Bolsa Família (do governo federal), Renda Jovem (do governo do Estado) e Cartão Família Carioca (da Prefeitura do Rio).

Juntos, os três programas garantem renda per capita mínima de R$ 100 para as famílias em situação de pobreza extrema.

"No passado sempre se dizia que essa era uma impossibilidade. Nós, como sociedade, superamos essa consciência. Hoje dificilmente alguém no Brasil pode defender que o bolo precisa crescer pra ser repartido", disse a presidente, destacando que a redução da miséria no país se dá "na contramão das tendências internacionais".

"O que se verifica no mundo é um aumento da desigualdade. É o que está acontecendo na Europa, o que se vê na Espanha, se vê na Itália, se vê nos países que de uma certa forma conquistaram patamares de renda e de direitos sociais que nós esperávamos que não houvesse uma regressão tão profunda como essa que está havendo", disse Dilma.

Ela afirmou ainda que o economista indiano acertou ao dizer que o Brasil está "compartilhando crescimento". E destacou o que classificou como "tecnologias" que considera importantes para o sucesso do programa Brasil sem Miséria: a transferência de renda sem intermediários, a busca ativa pelas famílias mais pobres e o repasse preferencial para as mulheres das famílias beneficiadas.

Depois do evento no Palácio Guanabara, na zona sul do Rio, a presidente seguiu para o município de São João da Barra, no norte fluminense, onde visitou o porto do Açu - um empreendimento do empresário Eike Batista.

FOLHA