O Exército realizou na manhã desta segunda-feira a última troca de comando e contingente da Força de Pacificação antes da implantação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio. Este é o sétimo revezamento de tropa durante toda estada militar na região, desde novembro de 2010.
A 9ª Brigada de Infantaria Motorizada do Rio de Janeiro substituiu a 11ª Brigada de Infantaria Motorizada de Campinas (SP) e do Rio Grande do Sul. O novo comandante é o general Carlos Maurício Sarmento, que substitui o general Tomás Miguel Paiva.
O efetivo do Exército continua sendo de 1.600 homens. Dentro do foco de proteção à população, o novo comando afirma que o patrulhamento das vielas e dos becos permanece o mesmo.
"Pelas informações que eu tenho o Alemão continua um paraíso e agora até com vista aérea, o teleférico", afirmou o general Sarmento, ao relembrar seu último contingente militar na área, antes da Polícia Militar iniciar a ocupação para implantação de UPPs na região. Sarmento comandou a Força de Pacificação, em 2011.
Já o general Tomás Ribeiro, que deixa nesta segunda a função de comandante da Força de Pacificação, afirmou que a missão no Rio é mais difícil e violenta que a que a missão de paz no Haiti em que atuou como subcomandante do Brabatt (Batalhão Brasileiro), em 2007.
"No Haiti a situação é diferente porque a miséria é muito grande. Aqui o nível de expectativa de desempenho nosso é muito maior, a necessidade de segurança, a necessidade de resposta rápida é maior também", disse.
O comandante geral da Polícia Militar do Rio, coronel Erir da Costa Filho, afirmou que a previsão é que os complexos da Penha e do Alemão sejam ocupados até junho. Ele disse, porém, que ainda estuda com outros integrantes do comando da corporação o efetivo para a região.
Nos últimos meses, a PM ocupou a Fazendinha e Nova Brasília, no Complexo do Alemão. Segundo o Exército, os morros do Adeus, Alemão e Baiana devem ser ocupados por PMs até o final deste mês.
FOLHA
