domingo, 29 de abril de 2012

Jornalista francês desaparecido na Colômbia foi ferido com tiro


O jornalista francês Roméo Langlois, que está desaparecido, foi ferido no braço esquerdo durante combate entre as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o Exército da Colômbia, informou neste domingo o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón. Segundo o governo francês, ele foi sequestrado pela guerrilha.

De acordo com testemunhos dos combatentes, Langlois recebeu um disparo no braço esquerdo e no meio da tensão tomou a decisão de tirar o colete e o capacete militar e ao manifestar que era civil deslocou-se em direção a área urbana, de onde disparavam os guerrilheiros.

"Esta é toda a informação que temos sobre ele. Não sabemos, de maneira concreta neste momento, o que mais aconteceu com ele", completou o ministro.

O ministro também pediu às Farc que respeitem a vida de Langlois, correspondente da emissora de TV France 24 e do jornal "Le Figaro". Ele fazia uma reportagem sobre operações de combate às drogas das forças militares colombianas no departamento de Caquetá (sul).

Mais cedo, o ministro francês das Relações Exteriores Alain Juppé havia afirmado que o correspondente era prisioneiro das Farc.
"O centro de crise está mobilizado, estamos em contato com as autoridades colombianas", disse Juppé.

OPERAÇÃO

Pinzón relatou que unidades da Brigada contra o Narcotráfico, acompanhadas da Polícia e do jornalista francês ingressaram no sábado em uma região rural no selvático departamento do Caquetá.

Após destruir um laboratório, do qual retiraram 400 quilogramas de pasta base de coca, as unidades tentaram ingressar em outra área na qual se preparavam para repetir a operação, mas ali encontraram guerrilheiros que atacaram o batalhão.

Pinzón disse que segundo os militares os combates foram muito intensos e aconteceram durante várias horas, nas quais houve momentos de enfrentamento a curta distância e o inimigo estava vestido de civil, disparando desde casas ou utilizando civis desarmados como escudo humano.

Como consequência, foram assassinados quatro membros da polícia, entre seis e oito ficaram feridos, 17 se encontram em perfeito estado e pelo menos um guerrilheiro foi morto.

FOLHA