terça-feira, 10 de abril de 2012

No Iêmen, mais de 130 morrem após dois dias de violência


Ao menos 133 pessoas morreram em dois dias devido à violência ligada à rede terrorista Al Qaeda no Iêmen, em particular a partidários da rede extremista que, nesta terça-feira, sitiavam a cidade de Loder no sul do país.

Os combates concentrados em torno de Loder, cercada pela Al-Qaeda, deixaram 102 mortos entre os extremistas, 14 entre os militares e oito entre os combatentes dos Comitês de Resistência Popular, que apoiam o Exército.

Violentos combates na segunda-feira entre o Exército iemenita e combatentes da Al Qaeda deixaram pelo menos 60 mortos no sul do Iêmen, incluindo 40 homens do movimento extremista que tem intensificado seus ataques.

Os novos confrontos, que demonstram a capacidade dos insurgentes de estender as ações ao sul, ocorrem no momento em que o governo tem dificuldades para reestruturar o Exército e as forças de segurança, controladas em parte por oficiais ligados ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh.

Loder fica 150 km ao nordeste da cidade de Zinjibar, capital da província de Abyan, controlada pelos "Partidários da Sharia", um grupo ligado à Al Qaeda na Península Arábica.

CONTROLE

Em agosto de 2010, a Al Qaeda assumiu temporariamente o controle de Loder, antes de ser expulsa pelas Forças Armadas, apoiadas pelas tribos.

O Ministério do Interior alertou na semana passada sobre os movimentos dos partidários da Al Qaeda na região de Loder e seus arredores.

O governo identificou o líder local do grupo terrorista, Al Khidher Hassan al Khaadani, como o coordenador da movimentação.

A Al Qaeda reforçou a presença no sul e no leste do Iêmen depois que o poder central perdeu força com a revolta popular que forçou a queda do presidente Saleh.

O novo presidente do país, Abd Rabbo Mansur Hadi, anunciou que a luta contra o movimento extremista é uma de suas prioridades, mas também se viu obrigado a enfrentar os partidários de Saleh.

FRANCE PRESS/FOLHA