Antes mesmo da Amazon, cuja estreia é aguardada para esta semana ainda, o Google colocou no ar, às 23h de ontem, 10 mil livros digitais em português e mais algumas centenas de filmes para baixar ou alugar.
O Google Play, que substitui o Android Market, fechou com "quase todas as livrarias" brasileiras. Entre as grandes, falta ainda assinar contrato com a Companhia das Letras. A Folha apurou que as empresas ainda estão em negociação.
O catálogo do Google Play conta ainda com 25 mil títulos em outras línguas e mais 2 milhões de títulos gratuitos em diversas línguas.
Trata-se de um acervo digitalizado pelo próprio Google e que é formado por obras que caíram em domínio público, como Machado de Assis ou William Shakespeare.
"Só nós temos esse acervo. É uma biblioteca gigantesca, de graça", afirmou Hugo Barra, vice-presidente global de Android.
Segundo Barra, o Brasil entrou na lista de prioridades do Google Play devido ao crescimento do sistema Android no país. A loja já vende livros em alguns países da Europa e da Ásia, e o Brasil é o primeiro da América Latina.
Para Ricardo Feith, diretor-geral da Objetiva e presidente do conselho da Distribuidora de Livros Digitais (DLD), que reúne sete editoras, a estreia do Google é positiva por dar alternativas ao varejo.
"É importante que esse mercado não seja dominado por uma só empresa".
O acervo de filmes do Google Play ainda está na casa das centenas, mas a empresa diz que vai adicionar mais diariamente. Para o ano que vem, a empresa quer estrear na venda de música, revistas e seriados de TV.
FOLHA DE S. PAULO