BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira, 21, em cadeia nacional de rádio e TV, que vai conversar nos próximos dias com chefes de outros Poderes da República, governadores e prefeitos das principais cidades do país a fim de realizar um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos.
De acordo com o pronunciamento, a proposta de Dilma terá três eixos. O primeiro deles terá como foco a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte coletivo. O segundo, a destinação de 100% dos recursos do petróleo para a educação. E o terceiro, trazer, de imediato, milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde, o SUS.
Dilma disse que vai receber os líderes das manifestações pacíficas, os representantes das organizações de jovens, das entidades sindicais, dos movimentos de trabalhadores, das associações populares.
No discurso, a presidente afirmou que é preciso "oxigenar o nosso velho sistema político". Segundo ela, é preciso encontrar mecanismos que tornem "nossas instituições mais transparentes mais resistentes aos malfeitos e acima de tudo mais permeáveis à influência da sociedade". "É a cidadania, e não o poder econômico, quem deve ser ouvido em primeiro lugar", completou.
Sem dar detalhes, Dilma disse que quer contribuir para a construção de uma "ampla e profunda" reforma política, a fim de ampliar a participação popular. E, numa resposta às críticas dos protestos contra as agremiações partidárias, ela disse que é um "equívoco" achar que qualquer país possa 'prescindir de partidos e, sobretudo, do voto popular, base de qualquer processo democrático".
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