A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que os conservadores farão todo o possível para garantir o sucesso do país nos próximos quatro anos, diante dos resultados de boca de urna das eleições parlamentares deste domingo. "Este é um super resultado", afirmou Merkel na sede de seu partido.
As projeções feitas pelas redes de televisão ARD e ZDF mostram uma ampla maioria do bloco conservador de Merkel sobre os sociais democratas de Peer Steinbrück. O social democrata disse que seu partido não conseguiu alcançar o resultado esperado. "A bola está com Merkel. Ela terá de obter a maioria", afirmou Steinbrück.
A aliança formada pelo Partido União Democrata Cristã (CDU, na sigla em alemão), de Merkel, e o União Social Cristã (CSU) conseguiram cerca de 42% dos votos nas eleições nacionais deste domingo, um número melhor do que as eleições de 2009, segundo a contagem das duas Tvs. A terceira sigla que compõe a coalizão, o Partido Liberal Democrata (FDP) não alcançou os 5% necessários para ter representatividade no Parlamento. Mesmo assim, o resultado é considerado uma vitória pessoal para Merkel, solidificando sua posição como a mais forte líder política da Europa.
O partido de centro-esquerda de Peer Seitbrück, o Partido Social Democrata (SPD) teria alcançado 26,5% dos votos, de acordo com as projeções. O Partido Verde, seu aliado, outros 8%, enquanto que o Partido de Esquerda, radical, obtiveram 8,5%.
Se a atual coalizão de Merkel perder a maioria e os conservadores não puderem governar sozinhos, o mais provável desdobramento é uma aliança de Merkel com os sociais democratas. Ambos são rivais tradicionais, mas governaram a Alemanha juntos no primeiro mandato de Merkel, após as eleições inconclusivas de 2005.
Ainda não está claro também se o novo partido que pede por um rompimento ordenado da zona do euro, o Partido Alternativa para a Alemanha, obterá assentos na câmara baixa do Parlamento. As pesquisas de boca de urna indicam que o partido obterá mais de 4,9% dos votos, um pouco abaixo do que seria o suficiente para ter representatividade na casa. Merkel e outros parlamentares têm dito que não irão negociar com o partido.
AP/ESTADÃO