terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Mercado em pânico: 41% dos compradores devolvem os imóveis

Deu no G1

Os números são assustadores: 41% das vendas tiveram distratos nos 9 primeiros meses de 2015, diz a consultoria Fitch. Queda dos preços dos imóveis e situação econômica elevaram a fuga de compradores. Preços dos imóveis tiveram queda real de 8,48% em 2015, diz FipeZap, enquanto o preço médio do aluguel teve queda real de 12,66% em 2015. Essa desvalorização, aliada aos juros mais altos para financiar a casa própria, complicou a vida de muita gente.

O pedido de devolução, conhecido como distrato, é um direito de quem comprou o imóvel na planta e ainda não fez um financiamento com o banco após a entrega das chaves. Ao quebrar o contrato com a construtora, o comprador, mesmo inadimplente, recebe de volta parte do que pagou e o imóvel retorna para ser revendido ao mercado.

Nos primeiros nove meses de 2015, as construtoras receberam de volta 41% das unidades vendidas em lançamentos, um total de R$ 4,9 bilhões, apontou um relatório divulgado este mês pela agência Fitch. Em 2014, esse percentual foi de 29% e, em 2013, de 24%.  O estudo abrange as novas incorporadoras avaliadas pela agência. “Em um cenário em que 35% das unidades vendidas programadas para serem entregues sejam canceladas, os distratos poderiam totalizar R$ 6 bilhões em 2016”, prevê o relatório.

No escritório paulista Tapai Advogados, especializado em mercado imobiliário, 73% das ações na justiça em 2015 correspondiam a pedidos de distrato. Em 2014, essa proporção foi de 43% e em 2013, de apenas 16%.   Antes de entrar na justiça, o primeiro passo de quem quer devolver é comunicar a intenção à construtora e tentar negociar uma alternativa, orienta a Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências (AMSPA).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Não confie nas estatísticas FipeZap, manipuladas pela Organização Globo, que têm interesse direto no mercado imobiliário, um de seus maiores anunciantes. A queda no preço de compra/venda e aluguel é muito maior do que a redução que eles admitem. O mercado está em crise desde 2012, não tem nada a ver com a crise geral do país. Os preços foram inflados artificialmente e agora têm de voltar à realidade(C.N.)


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