quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Casamento de Príncipe William movimenta economia e casas de apostas no Reino Unido

Bastou o príncipe William anunciar que vai se casar com Kate Middleton no próximo ano para muitos começarem a pensar em como lucrar com o evento.

Da família da noiva ao primeiro-ministro britânico, de redes de supermercados às casas de apostas, todos querem tirar proveito político ou monetário do casamento.


A alegria do primeiro-ministro David Cameron na terça-feira (17) não era sem sentido.

Ele disse que, ao contar para os ministros a boa nova (o anúncio do casamento), todos começaram a bater os punhos sobre a mesa como crianças numa sala de aula. Para o governo, difícil notícia melhor. Casamentos da realeza no Reino Unido têm efeito maior que vitórias em Copas do Mundo no Brasil.

Com expectativa de um ano difícil para a economia em 2011 (haverá aumento de impostos, demissões de servidores, cortes de benefícios e de gastos governamentais), o casamento é uma bênção.

Não será a primeira vez que um matrimônio ajudará a alegrar o país. Quando a atual rainha, Elizabeth 2º, se casou com o duque de Edimburgo, em 1947, o ânimo do país precisava de um estímulo após a Segunda Guerra. Em 1981, quando foi a vez de Charles e Diana, o país estava em recessão e com desemprego recorde.

CANECAS E FRONHAS

Comércio e indústria já se movimentam, apesar de ainda nem estar definida a data do enlace.

A rede de supermercados Asda, segunda maior do país, já encomendou canecas com os rostos dos noivos, e várias indústrias que fazem souvenirs estão prontas para confeccionar de bandejas a fronhas, passando por pratos e toalhas de mesa.

A família da noiva também vai acabar lucrando. Eles são donos de uma empresa que vende brinquedos, lembrancinhas e decoração para festas infantis. Desde o anúncio, passaram a ser conhecidos no mundo todo.


Muitos vão achar chique encomendar algo na loja da família da futura rainha. As casas de apostas estão a todo o vapor. Pode-se apostar na data do casamento ou em que igreja será.

Lideram a Catedral de St. Paul, onde foi a cerimônia de Charles e Diana, e a Westminster Abbey, onde a princesa foi velada, em 1997.


Vários estilistas também vão ganhar muita divulgação gratuita até que Kate escolha quem fará seu vestido.

Dizem que há uma brasileira no páreo, Daniella Helayel, dona da grife Isa e uma das preferidas da noiva.

Mas jornais e TVs britânicos já têm dito que seria um crime de lesa-pátria ela escolher algum estrangeiro para fazer o vestido que deve ser visto por mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo.

Folha Online