segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Carla Bruni diz que não fará campanha por reeleição de Sarkozy

A primeira-dama da França, Carla Bruni, não quer se envolver em política e não fará campanha se seu marido, o presidente Nicolas Sarkozy, for candidato à reeleição em 2012, segundo declarações publicadas nesta segunda-feira no jornal "Le Parisien".

"Para mim, a política segue sendo um mundo difícil. Nunca será minha profissão", afirmou. "Parece-me muito valente, admiro a quem faz [política]. A política não é meu ofício".

Bruni considerou "uma honra", da qual está "orgulhosa", poder "representar a França no exterior", mas que isso não implica que ela entrará na política.

"Não vou fazer campanha, sobretudo se meu marido ainda não está em campanha", disse a primeira-dama. "É ele que deve escolher o que quer fazer em 2012. Irei apoiá-lo se se lançar [a um novo mandato]".

A ex-modelo e cantora franco-italiana confirmou que, em sua juventude, tinha ideias de esquerda, e que voltava em partidos com essa orientação na Itália --seu país de origem. Mas ressaltou que, na França, nunca votou em esquerdistas.
"Eu fazia parte da comunidade de artistas. Éramos [...] de esquerda, mas nessa época eu votava na Itália. Nunca votei na esquerda na França e não vou começar agora. Não me sinto autenticamente de esquerda".

Bruni se mostrou decepcionada com alguns comportamentos dos socialistas franceses. Em particular, citou as críticas que lançaram contra o ministro da Cultura, Fréderic Mitterrand, por sua defesa do cineasta Roman Polanski --acusado nos EUA de ter mantido relação sexual com uma menor-- ou ante das acusações de que o ministro teve relações sexuais com menores em países asiáticos.

Apesar de não se envolver em política, a primeira-dama disse que o fará em causas humanitárias, em especial na luta contra a Aids, "que afeta milhões de pessoas na França".

"Estou disposta a fazer mais coisas humanitárias. Gosto muito disso", afirmou. Folha Online