segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Fundador do Wikileaks se disfarçou de mulher para fugir da CIA, diz livro

Julian Assange, se disfarçou de mulher para escapar dos agentes da CIA (agência de inteligência americana) que o seguiam, revela uma nova biografia do homem do momento.

O livro, escrito por David Leigh e Luke Harding, repórteres do jornal londrino "The Guardian", tem como título "WikiLeaks: Inside Julian Assange's War on Secrecy" ("WikiLeaks: Dentro da Guerra de Julian Assange sobre o Sigilo", em tradução livre).

Segundo a obra, o australiano Assange estava na Inglaterra quando ficou sabendo que agentes da CIA o seguiam. "Podem imaginar o ridículo que era se disfarçar de mulher. Ele se disfarçou de idosa por mais de duas horas", declarou aos jornalistas James Ball, colaborador do Wikileaks.

Os agentes seguiriam Assange em meio à investigação criminal nos Estados Unidos sobre o vazamento de 250 mil documentos e telegramas diplomáticos do país. Os EUA estudam qual a melhor forma de processar Assange, que permanece em prisão domiciliar no Reino Unido por um caso de assédio sexual e estupro que enfrenta na Justiça sueca --e sem relação com os vazamentos. A justiça britânica deve decidir em fevereiro sobre a extradição pedida por Estocolmo.

O primeiro problema de Assange com a Justiça aconteceu em 1994 por pirataria virtual, segundo a biografia.

FAMÍLIA

Alguns trechos da biografia revelam também detalhes sobre a infância de Assange e revela que só conheceu o pai biológico depois dos 20 anos.

"O pai biológico de Julian, John Shipton, estava ausente a maior parte do tempo. Aos 17 anos, a mãe de Assange se apaixonou por Shipton, um jovem que conheceu em uma manifestação contra a Guerra do Vietnã em 1970", contam os jornalistas.

"O relacionamento acabou e [o pai biológico] não teve nenhum papel em sua vida durante vários anos. Não tiveram contato até que Julian completou 25 anos", informa o livro.

Quando os dois se encontraram, Assange descobriu que herdou o temperamento do pai. Um amigo diz que Shipton era "como um espelho que refletia a imagem de Julian". Folha Online