segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Filme sobre Ayrton Senna ganha prêmio do público em Sundance

A maré não anda nada má para os documentários de figuras brasileiras produzidos e dirigidos --ou codirigidos-- por estrangeiros.

Primeiro, foi a indicação de "Lixo Extraordinário" (de Lucy Walker, Karen Harley e João Jardim) para o Oscar de melhor documentário.

Neste final de semana, foi a vez de "Senna" angariar um troféu em Sundance, a festa do cinema independente norte-americano.

O documentário que celebra os 50 anos de nascimento do piloto brasileiro, completados em março passado, ganhou o prêmio do público na categoria Melhor Documentário Internacional - Sundance divide os prêmios entre os filmes "do mundo" e os dos Estados Unidos.

Ao subir ao palco para receber o troféu, na noite de anteontem, o diretor do filme, o britânico Asif Kapadia, disse que tinha acabado de voltar de uma projeção em Salt Lake City, no Estado de Utah, e lamentou não "estar vestindo algo mais bonito" para a cerimônia de entrega.

"Esse festival recuperou minha fé nos festivais de cinema", disse Kapadia, que ganhou um Bafta, prêmio da Academia britânica, por "Um Cavaleiro Solitário" (2001).

HERÓI

Kapadia, conhecido especialmente pelas ficções, fez o filme com a colaboração da família Senna, que abriu todos os seu arquivos.

Produzido pelo também britânico James Gay-Rees, o documentário se constrói como uma homenagem ao tricampeão mundial da Fórmula 1, morto em Imola, na Itália, em 1994, aos 34 anos.

Para além das figuras que aparecem no filme como personagens da vida do corredor --como a família Senna, o apresentador Galvão Bueno e o humorista Bussunda--, de brasileiro, na produção, há apenas Antônio Pinto, autor da trilha sonora.

O filme, lançado no Brasil pela Paramount, em novembro passado, com 111 cópias, fez pouco mais de 210 mil espectadores nos cinemas. Folha Online