Um texano teve sua condenação revista nesta terça-feira por crimes de estupro e roubo que ele não havia cometido, após passar 30 anos na prisão, mais tempo que qualquer outro detento inocentado por exames de DNA no seu Estado.
Cornelius Dupree Jr, 51, foi declarado culpado por roubo agravado por uso de arma de fogo que o deixou preso desde dezembro de 1979 até julho de 2010. Ele havia cumprido 30 dos 75 anos de sentença antes de conseguir a liberdade condicional em julho. Uma semana depois, os teste de DNA revelaram sua inocência.
"É um prazer estar livre outra vez", disse Dupree depois do julgamento em um tribunal de Dallas.
Dupree foi preso em 1979 com acusação de estupro e roubo a uma mulher de 26 anos.
Dupree é o detento preso por mais tempo inocentado pelo DNA no Texas, que já libertou 41 pessoas equivocadamente condenadas com o mesmo método desde 2001, mais do que qualquer outro Estado americano.
Em todos os Estados Unidos, apenas duas outras revisões criminais por DNA superaram o tempo na prisão de Dupree, segundo o Projeto Inocência, uma centro especializado em condenações errôneas. James Bain foi injustamente preso por 35 anos na Florida e Lawrence McKinney passou mais de 31 anos em uma penitenciária do Tennessee.
A análise de DNA de Dupree também exclui outro réu, Anthony Massingill, que foi subsequentemente condenado no mesmo caso de atentado sexual que lhe rendeu uma sentença de prisão perpétua. Massingill permanece na prisão mas recorre pela inocência.
Dupree e Massingill foram detidos porque se pareciam com dois suspeitos perseguidos pelos crimes. A mulher apontou os dois dentre um conjunto de fotos.
Antes, Dupree havia apelado da sentença três vezes durante três décadas de prisão. Folha Online