sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Deficit comercial dos EUA cresce 33% em 2010

O deficit comercial dos Estados Unidos aumentou em dezembro para o maior nível em quatro meses, segundo dados do governo divulgados nesta sexta-feira. No ano, o déficit subiu quase 33%, à medida que as importações da China atingiram nível recorde.

O saldo negativo da balança comercial em dezembro cresceu quase 6%, para US$ 40,58 bilhões, levemente acima da mediana das previsões de economistas.

As importações de bens e serviços como um todo atingiram o maior nível desde outubro de 2008 no último mês do ano, enquanto as exportações foram as maiores desde julho de 2008.

As exportações de produtos norte-americanos para a China atingiram o valor recorde de US$ 10,1 bilhões em dezembro, acumulando US$ 91,9 bilhões no ano, valor também recorde.

Mas o fluxo forte de vendas no final do ano foi ofuscado por um volume recorde de importações vindas da China, que totalizaram US$ 364,9 bilhões em 2010 como um todo. Os números levaram o déficit comercial dos EUA com a China no ano para o recorde de US$ 273,1 bilhões.

PETRÓLEO

A alta dos preços de petróleo também ajudou a ampliar o déficit dos EUA em 2010. O preço médio de petróleo importado subiu para US$ 74,66 o barril, ante US56,93 em 2009.

A importação de bens de consumo, alimentos, ração e bebidas também bateu recordes no ano passado. No geral, as importações de bens e serviços cresceram 19,7% em 2010, para US$ 2,33 trilhões.

As exportações dos EUA aumentaram 16,6%, para US$ 1,83 trilhão. Se o ritmo de alta foi mantido, ele permitirá que o país atinja a meta do presidente Barack Obama de dobrar as exportações até 2013.

As exportações de serviços, fornecimentos industriais, bens de consumo e petróleo também alcançaram níveis recordes.

O forte desempenho em serviços levou o superávit do setor para o recorde de US$ 148,7 bilhões em 2010. REUTERS Folha Online