Matthias Schepp, pai das gêmeas suíças desaparecidas, enviou uma carta à mãe das crianças antes de se suicidar na qual dizia que "as meninas repousam em paz", segundo a imprensa italiana.
Os últimos dados da investigação indicam que Schepp consultou sites na internet que davam conselhos e informações sobre envenenamentos, assim como várias páginas relacionadas com o uso de armas de fogo. A esperança de encontrar as crianças com vida é cada vez menor.
"Não verá mais as meninas. Não sofreram, descansam em paz em um lugar seguro", disse Schepp. A carta foi enviada em 3 de fevereiro passado, de Cerignola, localidade do sul da Itália onde se suicidou nesse mesmo dia, explica o jornal "La Repubblica".
Em 29 de janeiro, Schepp pegou suas filhas Alessia e Livia, de seis anos, em Lausanne (Suíça), onde viviam com a mãe, para passar o fim de semana com elas. Dois dias depois, não se sabia do paradeiro dos três.
A análise do computador de Schepp revelou que este consultou os horários do serviço do barco que une Marselha com a ilha de Córsega, trajeto que teria realizado com as crianças.
Um dia depois, segundo a reconstrução dos fatos realizada pelos investigadores, Schepp tomou o barco outra vez para Tolano (França), mas desta vez sozinho.
Da localidade francesa acredita-se que se dirigiu à Itália pela estrada, já que a placa de seu carro foi registrada na localidade italiana de Ventimiglia em 2 de fevereiro, segundo o jornal italiano "Corriere della Sera".
A polícia encontrou o carro estacionado nas imediações da estação ferroviária sem nenhum rastro das duas meninas. Schepp se jogou em uma via de trem na estação de Cerignola.
A polícia italiana se centra agora na busca de um gravador que Schepp sempre levava com ele e no qual, segundo os investigadores, ele poderia ter deixado uma mensagem com informação útil sobre o ocorrido.
Os investigadores não descartam que Schepp tenha enviado o gravador à mãe das meninas, como fez com um envelope com dinheiro após sequestrar as gêmeas. Folha Online