A petrolífera BP (British Petroleum) vai comprar a produtora brasileira de etanol CNAA (Companhia Nacional de Açúcar e Álcool) por US$ 680 milhões, ampliando sua presença na indústria de biocombustíveis no país. A operação é considerada a maior já fechada pela área de energias alternativas do grupo britânico.
A BP, que passou os últimos meses reestruturando seu portfólio de ativos enquanto tenta deixar para trás o vazamento de petróleo no golfo do México, informou nesta sexta-feira que vai comprar uma participação de 83% na CNAA.
O acordo deve aumentar a capacidade produtiva da BP no Brasil para cerca de 1,4 bilhão de litros de etanol equivalente por ano, ante nível atual de 435 milhões de litros, informou a empresa, acrescentando que é a maior transação já realizada pela BP Alternartive Energy.
"Esta aquisição é um marco importante em nossa estratégia de construir uma posição de liderança em biocombustíveis sustentáveis", afirmou Philip New, vice-presidente da BP Biofuels.
DESASTRE
Em 20 de abril, uma explosão na plataforma de petróleo da BP no golfo do México provocou a morte de 11 pessoas após a explosão da plataforma Deepwater Horizon, além de jogar no mar mais de 4 milhões de barris de óleo, no pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos.
Em seu relatório final sobre as causas do maior vazamento de petróleo em alto mar da história dos EUA, a comissão afirmou que a BP e seus colaboradores no poço Macondo não tinham um sistema para garantir que suas operações estivessem em segurança.
Segundo relatório da Casa Branca, a BP e seus parceiros tomaram uma série de decisões relacionadas ao corte de custos que contribuíram para o vazamento de petróleo que atingiu a costa do golfo do México. REUTERS Folha Online