Jaques Wagner recebe o Oscar Rosa 2011 do GGB

SALVADOR – Os governadores Jaques Wagner (BA), Eduardo Campos (PE) e mais os chefes do executivo dos estados de São Paulo, Goiás, Piauí e Paraíba encabeçam a lista dos agraciados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) com o Oscar Gay 2011, que homenageia políticos, artistas e personalidades consideradas amigas dos homossexuais. Os governadores foram premiados, conforme a entidade, “pela institucionalização da Coordenadoria/Comitê LGBT, do Dia Estadual de Combate a Homofobia, oficialização do uso “nome social” para travestis, criação de ambulatório de saúde para transexuais e delegacia para crimes homofóbicos.

Criado há 21 anos, o Oscar Gay pega carona no principal prêmio do cinema mundial para listar as atitudes e personagens que contribuíram positivamente para a luta homossexual no último ano. Além dos governadores várias entidades e iniciativas foram elogiadas pelo GGB como a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) “por determinar que planos de saúde  privados incluam como beneficiários os parceiros do mesmo sexo”, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) “por incluir informações sobre casais homossexuais no Censo Demográfico e a Procuradoria Geral da República, “por solicitar ao Supremo Tribunal Federal convocação de audiência pública para discutir o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo”.

Os amigos dos gays recebem o “triângulo rosa”, distintivo utilizado pelos nazistas nos campos de concentração para identificar os prisioneiros homossexuais. O antropólogo Luiz Mott, fundador do GGB lembra que mais de 300 mil gays foram presos por Hitler. “Hoje o Triângulo Rosa tornou-se o símbolo internacional do orgulho gay”.

Framboesa Gay - Assim como o Oscar cinematográfico tem a sua antítese, o prêmio Framboesa de Ouro, que premia os piores do ano, o Oscar do GGB também cita os inimigos dos homossexuais. Nesse ano, essa lista é encabeçada pelo deputado federal Jair Bolsonaro, devido a “diversas declarações contra a cidadania homossexual, opondo-se a presença de gays no exército, contra o Programa Escola sem Homofobia e por estimular os pais darem palmada em seus filhos como corretivo para impedir tendências homossexuais”.

A Câmara Municipal de Salvador também foi considerada hostil aos gays por ter aprovado o projeto que batizou uma rua de Salvador com o nome do jornalista José Augusto Bebert, considerado o maior “homófobo do Brasil dos anos 90”. Aos inimigos o GGB manda o “troféu Pau de Sebo”. A Tarde Online