sábado, 30 de abril de 2011

Bolsa e dólar tiveram piores perdas no mês; ouro, o maior ganho

Aplicações financeiras vinculadas à Bolsa de Valores e o dólar amargaram as piores perdas em abril, enquanto a commodity ouro e algumas aplicações mais conservadoras proporcionaram os melhores retornos para o investidor nesse mês.

O "termômetro" da Bolsa, o índice Ibovespa, derreteu 3,58%, após um bimestre de recuperação, e coroando um mês tumultuado. A crise da dívida na Europa, com a deterioração dos cenários em Portugal e Grécia, além da advertência da agência S&P sobre a situação fiscal dos EUA foram alguns dos episódios que estressaram os investidores.

Os conflitos no Oriente Médio e do norte da África ainda não saíram do noticiário mundial, enquanto permanece ainda em resolução o drama nuclear japonês.

A taxa cambial cedeu 3,56%, com um forte fluxo de recursos para o país, ainda com poucos efeitos das medidas restritivas do governo para conter essa "enxurrada" de dólares.

Em um ambiente controverso, os preços do ouro dispararam na praça internacional, marcando picos históricos. Na BM&F, a cotação da commodity valorizou 1,4%, no topo dos maiores ganhos deste mês.

A taxa do CDB também ajudou o investidor a preservar suas economias da inflação (0,45%, pelo IGP-M), com uma rentabilidade média de 0,83%.

Aplicação mais popular do país, a poupança pouco ajudou nesse sentido, com um retorno de apenas 0,53%.

QUADRIMESTRE

Bolsa e dólar continuam como as piores "apostas" num prazo mais longo. Nos quatro primeiros meses do ano, o Ibovespa acumula perdas de 4,58%, enquanto a cotação da moeda americana derreteu 5,58% nesse mesmo período.

A commodity ouro, sempre bastante volátil, teve uma desvalorização de 3% nesse quadrimestre.

Melhor desempenho teve o CDB, com um ganho acumulado de 3,53% entre janeiro e abril, batendo a variação acumulada do IGP-M, de 2,89%. A poupança, no entanto, ainda sofre com a alta acelerada dos preços. Nesses quatro meses, a rentabilidade é de apenas 2,28%. FOLHA