O secretário municipal de Esportes e Lazer de São Paulo, Walter Feldman, anunciou nesta segunda-feira a sua saída do PSDB.
Ele deixou a legenda fazendo críticas pesadas ao governador tucano Geraldo Alckmin e seu círculo de secretários mais próximos.
Um dos fundadores do partido, Feldman é mais uma baixa do PSDB em São Paulo, que já perdeu seis vereadores.
"Nós que defendemos a aliança fechada pelo ex-governador José Serra com o Gilberto Kassab em 2008 fomos chamados de traidores. Sinalizamos muitas vezes a vontade de superar esse episódio. Trabalhamos pela campanha do Geraldo em 2010. Ele e seu grupo não conseguiram superar", disse Feldman.
O ato representa mais um capítulo na disputa interna do partido iniciada nas eleições de 2008 entre os grupos de Serra e Kassab.
O secretário nega que ingressará no PSD --novo partido de Gilberto Kassab-- pelo menos por enquanto.
"Eu preciso de uma legenda na qual me sinta abraçado ideologicamente. Mas não é hora de tratar disso. Estou muito machucado", afirmou.
A debandada tucana já era esperada desde a volta de Alckmin ao Palácio dos Bandeirantes no começo do ano e desde o início do movimento de Kassab para criação do PSD.
As saídas dos vereadores foram anunciadas na semana passada. São eles José Police Neto, que preside a Câmara Municipal, Dalton Silvano, Juscelino Gadelha, Gilberto Natalini, Ricardo Teixeira e Souza Santos. A maioria dos dissidentes deve migrar para o PSD.
Eleito vereador a primeira vez em 1983 pelo PMDB, Feldman está no PSDB desde 1988.
Depois de ter ocupado a Casa Civil do governo paulista durante parte da gestão Mário Covas (1995-2001), ele voltou ao Executivo pelas mãos de Serra quando foi indicado para a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras em 2005. FOLHA