terça-feira, 31 de maio de 2011

Cristina Kirchner inicia viagem de dois dias à Itália

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, inicia nesta terça-feira uma visita de dois dias à Itália, durante a qual será recebida pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi e pelo presidente Giorgio Napolitano.

Esta será a primeira vez em nove anos que um chefe de Estado da Argentina viaja a Roma para se reunir com autoridades italianas. O último encontro do tipo ocorreu em 2002, durante a gestão de Eduardo Duhalde.

A chegada de Cristina Kirchner, prevista para esta terça, é um marco no recente processo de relançamento das relações bilaterais entre Buenos Aires e Roma, que passou por rusgas devido a pagamentos de dívidas a investidores italianos e a barreiras comerciais impostas pela Argentina.

A viagem também ocorre em um momento delicado para Berlusconi, cujo partido, o Povo da Liberdade (PDL), perdeu as eleições municipais em locais estratégicos, como Milão e Nápoles.

AGENDA

Está previsto para Cristina Kirchner ser recebida na quarta-feira pelo primeiro-ministro e pelo presidente italiano. O encontro com Berlusconi, com quem ela almoçará, deve ocorrer às 13h30 locais (8h30 no horário de Brasília).

A mandatária argentina ainda deve se reunir com investidores italianos e participar de um workshop que abrange vários setores, como energia renovável, alimentação, agricultura, turismo, siderurgia e indústria automotriz.

A presidente também visitará a cidade de Veneza, ao norte do país, onde vai inaugurar uma mostra de arte argentina na Bienal local.

Em abril, o ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, esteve em Buenos Aires para a assinatura de 12 acordos bilaterais, principalmente nas áreas de energia nuclear, tecnologia e ciência.

Nos próximos dias, Roma espera receber outros chefes de Estado e de governo, em ocasião dos festejos pelos 150 anos da Unificação da Itália, celebrados na próxima quinta-feira, dia 2.

MÉXICO

Na segunda-feira (30), Cristina Kirchner esteve no México, onde se reuniu com o presidente Felipe Calderón, que pediu apoio de Buenos Aires para a candidatura do mexicano Agustín Carstens à direção do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Cristina demonstrou apoio às políticas de Calderón contra o crime organizado e ressaltou a necessidade de aumentar a cooperação técnica nas áreas de inteligência e informação financeira.

ANSA/FOLHA