Cerca de 5.000 arrozeiros gaúchos e catarinenses estão em Uruguaiana (642 km de Porto Alegre), onde farão um protesto na tarde desta terça-feira (17). Os produtores congestionaram as ruas do município e montaram acampamentos. O objetivo da manifestação é a falta de competitividade do produto brasileiro em relação ao arroz proveniente do Mercosul.
Nesta manhã, os problemas do setor foram debatidos em uma audiência pública promovida pela Câmara Municipal e pela Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Estado. À tarde, o protesto acontece na ponte que separa Uruguaiana da cidade argentina de Passo de los Libres. Depois, haverá uma assembleia geral da categoria.
O movimento "Te Mexe Arrozeiro", uma comissão de produtores gaúchos e catarinenses, que organiza a manifestação, quer a suspensão da entrada do arroz do Mercosul por seis meses.
MEDIDAS DO GOVERNO
Na segunda-feira (16), o governo federal anunciou que mecanismos de comercialização serão oficializados ainda nesta semana. Para tentar elevar o preço do grão, afetado pela concorrência do arroz estrangeiro foi prometida a autorização de R$ 360 milhões em contratos de opção público e privado.
As medidas foram comunicadas pelo secretário da Agricultura do Estado, Luiz Fernando Mainardi, após reunir-se com técnicos dos ministérios da Fazenda e da Agricultura. Os produtores, no entanto, consideraram as medidas insuficientes. FOLHA