quinta-feira, 30 de junho de 2011

Dólar fecha a R$ 1,56, a menor taxa desde agosto de 2008

A taxa de câmbio caiu pelo quarto dia consecutivo, recuando para o menor patamar desde agosto de 2008. No mês, a taxa cambial teve desvalorização de 1,2%, enquanto no ano, a retração foi de 6,3%.

A aprovação e a regulamentação das medidas de ajuste fiscal na Grécia, entre ontem e hoje, trouxe grande alívio para os mercados, dando novo fôlego para as Bolsas de Valores e fortalecendo as moedas contra o dólar.

O euro subiu de US$ 1,4428 para 1,4521 na praça internacional.

No front doméstico, o dólar comercial, após oscilar entre R$ 1,566 e R$ 1,559, foi cotado por R$ 1,561, em um decréscimo de 0,63% sobre o fechamento de ontem. 

Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,680 e comprado por R$ 1,510 nas casas de câmbio paulistas.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) recua 0,20%, aos 62.207 pontos.

O giro financeiro é de R$ 4,33 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York valoriza 1,29%.

Operadores também destacaram fatores técnicos para explicar o derretimento da moeda americana no mercado interino: na disputa pela Ptax, a taxa média de câmbio que liquida contratos no mercado futuro, os "vendidos" (que ganham com a baixa das cotações) levaram a melhor sobre os "comprados" (que ganham com a alta).

Para o segundo semestre, analistas avaliam que o dólar pode ter um processo de recuperação contra as demais moedas, mas bastante moderado. Será preciso observar os efeitos do encerramento do QE2 - o programa federal que injetou bilhões de dólares na economia dos EUA - e a possível melhora dos indicadores nesse país.

Por outro lado, o ciclo de aperto monetário no Brasil deve continuar: as opiniões do mercado se dividem entre um ou dois aumentos da taxa básica de juros até o final deste ano.

JUROS FUTUROS

As taxas projetadas no mercado futuro da BM&F subiram novamente nos contratos mais negociados.

No contrato de julho, a taxa prevista passou de 12,11% ao ano para 12,13%; para janeiro de 2012, a taxa projetada avançou de 12,45% para 12,47%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa prevista ascendeu de 12,60% para 12,69%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

FOLHA