domingo, 31 de julho de 2011

Chefe militar foi morto por milícia aliada, diz rebelde líbio

O chefe militar dos oposicionistas líbios, Abdel Fatah Younes, morto na última quinta-feira (28), foi assassinado por militantes islamistas ligados às forças rebeldes, afirmou um ministro insurgente neste sábado.

De acordo com Ali Tarhouni, ministro do Petróleo e das Finanças rebelde, o corpo de Younes foi encontrado parcialmente queimado na madrugada de sexta-feira e a brigada Obaida Ibn Jarrah foi a responsável pela morte, após tê-lo prendido para interrogá-lo.

Os rebeldes disseram que Younes tinha sido preso devido à suspeita de que sua família ainda pudesse ter vínculos com o regime do ditador Muammar Gaddafi. Havia rumores de que ele estava envolvido em contatos não autorizados com a administração Gaddafi e, até mesmo, que ele tinha ajudado a fornecer armas para as forças leais ao ditador.

Antes do anúncio de sua morte, homens armados que declaravam apoio a Younes apareceram nas ruas de Bengazi afirmando que iriam usar de força para liberta-lo da custódia do CNT (Conselho Nacional de Transição), dos rebeldes.

ONDA DE REVOLTAS

O ditador líbio enfrenta desde março uma ampla ofensiva militar dos rebeldes oposicionistas, que exigem sua renúncia imediata. Como outros líderes confrontados na onda de revoltas do mundo árabe, ele condena a interferência externa em seu país e diz que não deixará o poder.

Diante da violenta repressão das forças de Gaddafi, a ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou uma resolução para intervenção militar no país, com objetivo de proteger os civis.

A ofensiva, iniciada em 19 de março, não conseguiu derrotar Gaddafi, que continua negando pedidos para que deixe o poder.

FOLHA