Não dá para negar. Foi decepcionante a campanha da seleção brasileira masculina no Mundial Juvenil, que está sendo disputado no Rio de Janeiro. O time, que lutava pelo quinto título e foi campeão das duas últimas edições, não conseguiu chegar às semifinais. O que resta agora é brigar pelo quinto lugar. Nesta terça-feira, vai enfrentar a Espanha. Se vencer, vai enfrenta o ganhador do jogo entre Índia e Irã. Se perder, vai para a decisão do sétimo lugar.
Para você ter uma ideia do que representa isso, nos 15 Mundiais já disputados, só duas vezes, em 1985 e 87, o Brasil não ficou entre os quatro primeiros. Difícil analisar as causas dos maus resultados. Quem sabe, o time sentiu a pressão por jogar em casa, mas o certo é que a campanha foi fraca. Nos seis jogos que disputou, só conseguiu três vitórias. Perdeu do Japão, da Argentina e da Índia. Aliás, foi a derrota para a Índia, por 3 sets a 2, que eliminou o Brasil.
Nesse jogo, os brasileiros erraram muito. Deram 38 pontos de graça para os adversários. Quase dois sets.
Já a Argentina mostrou mais uma vez que está com uma nova geração talentosa. O time acabou em primeiro lugar na chave do Brasil. Nos seis jogos que disputou no torneio, perdeu só um para os sérvios. Na semifinal, os argentinos vão enfrentar os americanos. Na outra semifinal, o duelo será entre a Rússia e a Sérvia.
No Sul-americano de clubes, não houve surpresas. No masculino, o timão do Sesi, com Murilo, Sidão, Rodrigão, Wallace e Escadinha, não precisou se esforçar muito. Foi campeão invicto e garantiu vaga para o Mundial de Clubes. No feminino, o Osasco, da ponteira Jaqueline e da líbero Camila Brait, também conquistou o título invicto e agora vai começar a se preparar para o Mundial, marcado para outubro.
Cida Santos, 45, colunista da Folha, é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992.
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