Steve Jobs luta contra uma forma rara de câncer pancreático desde 2004, passou por tratamentos agressivos, incluindo um transplante de fígado, mas agora há sinais de avanço da doença.
Ele sofre de um tumor neuroendócrino de pâncreas, que surge em células produtoras de hormônio. Esse tipo representa 5% dos 43 mil casos de câncer pancreático a cada ano nos EUA.
Em geral, é um tipo de tumor que possibilita mais chances de sobrevida porque, entre outras características, cresce lentamente. Outros tipos mais comuns matam em menos de um ano.
Jobs passou por um tratamento agressivo há sete anos e fez uma cirurgia para tratar o tumor original. Em 2009, submeteu-se a um transplante de fígado - o que levantou a suspeita de que a doença havia se espalhado.
Segundo o oncologista Paulo Hoff, 60% dos pacientes conseguem se curar com o transplante de fígado se o câncer estiver localizado. "A questão é que, na reincidência do tumor, o manejo do paciente transplantado se torna ainda mais difícil".
Pacientes que recebem transplantes tomam medicamentos para impedir que o corpo rejeite o órgão.
Mas essas drogas também podem suprimir o sistema imunológico, o que pode permitir que o câncer original reapareça.
Os médicos não sabem a causa dos tumores neuroendócrinos, que podem surgir em outros órgãos, como pulmão e intestino.
Neste ano, o FDA (agência norte-americana reguladora de fármacos e alimentos) aprovou duas novas drogas para tratar esse tipo de câncer, que prometem elevar a sobrevida dos pacientes.
FOLHA