O delegado da DHPP (Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa) de São Paulo, Mauro Dias, continua em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) acompanhando as buscas a Lucas Cintra Zanetti Rosseti, 21, suspeito de ter matado o analista de sistemas Eugênio Bozola, 52, e o modelo Murilo Rezende da Silva, 21, na Rua Oscar Freire, em São Paulo.
Dias disse que Rosseti deve estar escondido na região, na casa de conhecidos. Ele descartou a hipótese de os familiares estarem escondendo o suspeito já que ontem foram feitas buscas nas casas de todos os familiares e ninguém foi encontrado.
Segundo o delegado, Rosseti apresenta ferimentos de defesa nas mãos. "Se ele se entregar, poderá esclarecer o que aconteceu naquela noite. São ferimentos de quem se defendeu de um ataque", disse o delegado, que destacou ainda que Lucas não tem características de um criminoso e o crime deve ter acontecido em uma situação pontual.
As polícias de Ribeirão Preto, Sertãozinho, Franca e demais cidades da região estão envolvidas nas buscas.
Ontem, o delegado ouviu ao longo de quatro horas os depoimentos de Andrea Zanetti, 42, mãe do suspeito, Alex Rosseti, irmão dele, e Simone, mãe de Alex.
Simone foi a pessoa que fez os curativos na mão de Lucas um dia depois do crime. De acordo com a polícia, são estes os ferimentos de defesa.
Lucas Rosseti continua foragido. Ontem, Andrea pediu que o filho se entregasse. "Quero que ele apareça, que diga o que aconteceu, porque ele deve ter tido uma boa razão para isso", disse.
"Não estou tirando a culpa dele [de envolvimento no crime]. Ele tem que pagar, só quero que apareça e explique", disse Andrea.
FOLHA