sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Líderes da União Europeia pedem mais sanções contra o Irã


Líderes da UE (União Europeia) apelaram nesta sexta-feira por mais sanções contra o Irã até o final de janeiro, em um esforço para aumentar a pressão sobre Teerã por seu programa nuclear.

Os líderes, no entanto, não fizeram um pedido de embargo ao petróleo iraniano, tema de discussões entre diplomatas neste mês como uma forma de responder às preocupações crescentes de que o Irã tem trabalhado para criar uma arma nuclear.

Eles pediram para que seus ministros das Relações Exteriores ampliem as sanções já existentes, que incluem congelamento de bens e proibição de viagens dos envolvidos no trabalho nuclear.

Fora isso, devem ser estudadas "medidas adicionais contra o Irã como uma questão de prioridade", que devem ser adotadas "até a sua próxima sessão", que está agendada para 30 de janeiro.

A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) divulgou no mês passado novas evidências confirmando as preocupações internacionais de que o Irã procura construir uma bomba atômica. Teerã diz que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos.

Na semana passada, chanceleres da UE concordaram em buscar novas sanções contra o Irã nos setores de energia, transportes e bancário. Diplomatas disseram que uma proibição sobre as importações de petróleo iraniano para a Europa estava sob discussão.

As sanções tiveram impacto sobre a economia do Irã, dizem especialistas, mas não conseguiram o objetivo de parar o trabalho que o Ocidente suspeita visar o desenvolvimento de armas nucleares.

O Irã é o segundo maior produtor de petróleo da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e exporta 2,6 milhões de barris por dia, dependendo fortemente das receitas do petróleo.

A França, apoiada por Alemanha e Reino Unido, tem liderado os esforços para uma proibição ao petróleo iraniano na Europa, mas alguns países, incluindo a Grécia, têm manifestado reservas devido à sua dependência.

REUTERS/FOLHA