O índice que apura o medo do desemprego subiu para 81,6 pontos em dezembro, ante 78,7 pontos em setembro, segundo informou nesta terça-feira (13) a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
O indicador é trimestral e a base de pontos do Índice de Medo do Desemprego é 100 (quanto mais alto for, maior o medo das pessoas perderem o emprego). Na comparação com setembro, o índice de dezembro teve uma alta de 3,7%. Em relação a dezembro de 2010, o crescimento do indicador foi de 2,9%.
Marcelo Azevedo, economista da CNI, explica que, mesmo com a alta, o índice em setembro estava em um patamar muito baixo e a expectativa era de que voltaria a crescer.
"Na próxima pesquisa, a ser divulgada em março, nossa expectativa é de que o índice cresça novamente", avalia.
Em setembro, o indicador chegou ao piso histórico registrado, mas na avaliação de Azevedo, neste momento de crise mundial, a tendência é de que o medo do desemprego continue a aumentar nos próximos meses. "Na próxima pesquisa, a ser divulgada em março, nossa expectativa é de que o índice cresça novamente", avalia Azevedo.
A alta foi puxada, principalmente, pelo aumento da parcela de pessoas que afirma estar com muito medo do desemprego - que subiu de 12,8% em setembro para 19,2% em dezembro.
O percentual dos entrevistados que disseram estar com pouco medo do desemprego recuou de 30,2% para 23,1% no período. Já a parcela dos que responderam estar sem medo do desemprego aumentou de 57% em setembro para 57,7% em dezembro.
Na pesquisa, o entrevistado responde à pergunta: "Você, ou alguém da sua família, acredita que o desemprego vai afetar a vida a sua vida familiar?".
O levantamento Índice de Medo do Desemprego foi elaborado pela CNI a partir de pesquisa de opinião pública realizada pelo Ibope. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 141 municípios entre 2 e 5 de dezembro.
FOLHA