segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Petróleo cai após notícia de revisão de nota de países europeus


O Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) fechou nesta segunda-feira em baixa de 1,64%, cotado a US$ 97,77 por barril, seu nível mais baixo em duas semanas, em um dia em que ressurgiram as dúvidas sobre a situação na Europa depois das advertências das agências de classificação de risco sobre a crise de dívida na zona do euro.

No final do primeiro pregão da semana na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York), os contratos de futuros do WTI para entrega em janeiro perderam US$ 1,64 em relação ao preço de fechamento da sexta-feira.

Em Londres, o barril de petróleo Brent para entrega em janeiro fechou nesta segunda-feira em baixa de 1,25%, negociado a US$ 107,26 no mercado de futuros, diante das dúvidas sobre o novo acordo para reforçar a disciplina fiscal e frear a crise na zona do euro.

O petróleo do Mar do Norte, de referência na Europa, ficou US$ 1,36 mais barato que os US$ 108,62 do pregão anterior na Intercontinental Exchange Futures. A cotação do barril oscilou nesta quarta-feira entre US$ 107 e US$ 108,75.

O novo acordo europeu alcançado na última sexta-feira em Bruxelas para conter a crise, no qual estão dispostos a participar todos os membros da União Europeia, menos o Reino Unido, não conseguiu acalmar os mercados, que desconfiam de seu efeito útil.

As dúvidas ficaram evidentes nesta segunda, com o veredicto sobre o acordo das agências de qualificação de riscos Fitch e Moody's, que criticaram a falta de concretização e a incapacidade de oferecer uma solução integral à crise da zona do euro.

A Moody's afirmou que estudará as classificações no primeiro trimestre de 2012 diante da ausência de medidas para estabilizar os mercados do crédito a curto prazo, o que significa que a zona do euro tem o risco de sofrer novos ataques e põe em perigo sua coesão.

Por sua vez, a agência Fitch disse que o "enfoque gradual" adotado pelo Conselho Europeu "impõe custos econômicos e financeiros adicionais" nos quais não daria uma solução imediata à crise de endividamento, que afeta a demanda mundial do petróleo.

REUTERS/FOLHA