domingo, 18 de dezembro de 2011

Senado dos EUA aprova lei para ampliar gastos em US$ 1 trilhão


O Senado americano aprovou neste sábado um gigantesco conjunto de medidas de cerca de US$ 1 trilhão para financiar o Estado até o dia 30 de setembro de 2012, evitando uma paralisia dos serviços administrativos.

Os legisladores adotaram o conjunto de medidas com 67 votos a favor e 32 contra, após uma votação similar na Câmara na sexta-feira. Agora o texto passa ao presidente Barack Obama para que o assine.

Os fundos incluem US$ 915 bilhões aprovados pela Câmara e outros US$ 126,5 bilhões para operações no exterior, principalmente para o Exército.
Os líderes da Câmara de Representantes e do Senado chegaram a um acordo na quinta-feira à tarde em relação às medidas orçamentárias para evitar o fechamento de alguns serviços administrativos.

Na sexta-feira, a Câmara dos Representantes aprovou a proposta com uma votação no último momento. Foram 296 votos a favor e 121 contra.

A medida "representa uma vitória da responsabilidade, uma vitória para os contribuintes americanos", disse o chefe da comissão de Apropriações do Senado, Daniel Inouye.

O projeto de lei de grande envergadura, no entanto, é controverso inclusive entre os republicanos, alguns dos quais votaram contra na Câmara.

"Depois de semanas de difíceis negociações com nossos aliados no Senado (...) chegamos a um compromisso bipartidário, bicameral, que corta os orçamentos federais", afirmou na sexta-feira o republicano Hal Rogers, presidente da comissão encarregada da distribuição dos fundos públicos.

O acordo foi alcançado depois de negociações acaloradas para superar o impasse, provocado pelos cálculos eleitorais antes do pleito de 2012 e uma profunda divisão entre os partidos democrata e republicano.

SALÁRIOS

O Senado também decidiu neste sábado ampliar um corte de impostos sobre os salários por mais dois meses.

A legislação foi aprovada por grande maioria de votos, e espera-se que seja votado pela Câmara dos Deputados na próxima semana, e se aprovado, será encaminhado ao presidente Obama para sua assinatura.

A medida também ampliará benefícios a longo prazo para desempregados por mais dois meses.

A extensão do corte de impostos nas folhas de pagamento possui uma disposição que muitos democratas, incluindo Obama, foram contra. Ela tenta acelerar a aprovação da construção de um oleoduto do Canadá ao golfo do México.

FOLHA