quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Banco Central americano promete manter juro baixo até 2014


O Federal Reserve, o banco central americano, comunicou nesta quarta-feira que não deve levantar a taxa básica de juros (em torno de 0,25% ao ano) até 2014, até mais tarde do que muitos investidores esperavam, em um esforço para estimular a lenta recuperação econômica.

Anteriormente, a autoridade econômica dos EUA havia advertido que manteria as taxas nos níveis atuais até meados de 2013.

Sem maiores mudanças na atual política monetária, o banco central apontou a taxa de desemprego como ainda muito elevada, e afirmou esperar que a inflação mantenha-se em níveis consistentes com a estabilidade dos preços.

A autoridade monetária também indicou uma desaceleração dos investimentos do setor produtivo, em comparação com o último relatório, divulgado em dezembro.

As condições econômicas "provavelmente devem garantir que os níveis excepcionalmente baixos dos juros permaneçam até o final de 2014", afirmou o BC americano, em seu comunicado.

PROJEÇÕES

Enquanto analistas estimam que a economia dos EUA tenha crescido a uma taxa de 3% no último trimestre do ano passado, as projeções para os primeiros três meses deste ano indicam um avanço de apenas 2%.

Os integrantes do chamado "Fed" aparentemente ainda estão ganhando tempo antes de decidir sobre uma nova rodada de estímulos monetários.

Em resposta a mais profunda recessão em várias gerações, o BC americano reduziu a taxa básica de juros para quase zero em dezembro de 2008. Também mais que triplicou o tamanho de seu balanço financeiro para quase US$ 2,9 trilhões, por meio da compra de títulos no mercado financeiro (o equivalente a injeção de dinheiro no sistema financeiro).

Muitos acreditam que essa política preveniu uma contração econômica até mais devastadora, mas ainda insuficiente para trazer a taxa de dezembro a níveis mais ordinários.

Em dezembro, a taxa de desemprego americano atingiu 8,5%, e mais de 13 milhões de americanos ainda estão à procura de trabalho, sem sucesso.

REUTERS/FOLHA