terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Petróleo avança embalado por crescimento da China


Os contratos futuros de petróleo subiram nesta terça-feira, ajudados por indicadores econômicos da China e da Alemanha. Investidores também estiveram atentos às notícias sobre possíveis sanções da União Europeia contra o petróleo do Irã.

Em Nova York, o contrato do WTI para entrega em fevereiro subiu US$ 2,01, para US$ 100,71, enquanto o vencimento de abril avançou US$ 1,99, para US$ 100,87. Em Londres, o Brent para março registrou alta de US$ 0,19, para US$ 111,53, enquanto o vencimento de abril ganhou US$ 0,26, para US$ 111,44.

Dados da economia chinesa trouxeram otimismo aos mercados. Embora os números tenham confirmado a desaceleração do país, o desempenho foi melhor que o esperado pelos economistas.

O PIB chinês mostrou crescimento anualizado de 8,9% no quarto trimestre, abaixo dos 9,1% do terceiro trimestre. No ano, o crescimento foi de 9,2%. Ainda assim, o desempenho foi melhor que o esperado pelos analistas, que projetavam avanço de 8,7% no quarto trimestre e de 9,2% no ano passado.

Na Alemanha, o índice ZEW de expectativas para a economia subiu de -53,8 em dezembro para -21,6 em janeiro e ficou muito acima da previsão de analistas, que era de -49,5. O nível atingido é o maior desde julho, mas ainda assim é muito inferior à média histórica de 24,5 pontos. Diplomatas europeus decidirão no próximo dia 23 se aplicarão embargo ao petróleo do Irã.

O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, disse no domingo ao jornal "London's Telegraph" que o embargo será adotado. 

Fontes da União Europeia já vinham afirmando que o bloco concordou com a sanção, embora os detalhes e o prazo ainda permaneciam desconhecidos.

As declarações de Hague são as primeiras de um oficial importante da UE a demonstrar tal certeza sobre a aprovação do embargo. Hoje, fontes ouvidas pela Bloomberg afirmaram que a França estaria pressionando pela aplicação das sanções. Na semana passada, chegou-se a cogitar que o embargo poderia ser adiado por seis meses.

VALOR/FOLHA