A Ambev anunciou nesta segunda-feira ter firmado uma aliança estratégica com a ELJ (E. León Jimenes), controladora da CND (Cervecería Nacional Dominicana), para formar uma empresa de bebidas líder na região do Caribe.
A cervejaria brasileira vai desembolsar cerca de US$ 1,2 bilhão por uma participação indireta de 51% na CND.
Inicialmente, a Ambev irá adquirir fatia indireta de 41,76% na CND por cerca de US$ 1 bilhão em dinheiro e contribuição da Ambev Dominicana.
A operação prevê que a Ambev Brasil, subsidiária de capital fechado da Ambev, e a ELJ passem a ser acionistas da Tenedora CND, holding que terá 83,5% das ações da CND e a totalidade da Ambev Dominicana.
Os negócios combinados incluirão operações de cerveja, de malta e de refrigerantes na República Dominicana, Antígua, São Vicente e Dominica, além de exportações para 16 outros países no Caribe, para os Estados Unidos e para a Europa.
A receita líquida combinada de ambas empresas é de cerca de US$ 570 milhões, conforme dados de 2011, e a estimativa de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) combinado para os primeiros 12 meses de operação é de aproximadamente US$ 190 milhões.
Em outra operação, a Ambev comprará participação adicional de 9,3% na CND, detida pela Heineken, por US$ 237 milhões, elevando a fatia indireta a aproximadamente 51%.
"Essa aliança estratégica com a ELJ é um passo importante do nosso sonho de nos tornarmos a companhia líder no Caribe e na América Central", afirmou o diretor da Ambev para a América Latina Hispânica, Alexandre Médicis, no comunicado.
A CND seguirá operando sob a atual marca, tendo Franklin León como presidente e Alexandre Médicis como diretor geral.
O fechamento da operação, que ainda está sujeito a análises de órgão reguladores, está previsto para o segundo trimestre deste ano.
Criada em 1929, a CND possui em seu portfólio marcas de cerveja como Presidente, Bohemia, The One, Brisa, Corona, Miller, entre outras. A companhia tem fábricas em Santo Domingo, Dominica e São Vicente.
REUTERS/FOLHA