quinta-feira, 3 de maio de 2012

Banco do Brasil vai anunciar novo corte em juros e nas taxas de fundos


Maior banco brasileiro, o Banco do Brasil vai anunciar amanhã uma nova rodada de redução nas taxas de juros dos financiamentos ao consumidores e de empresas.


O banco foi o primeiro a anunciar, ainda no dia 4 de abril, corte nos juros ao consumidor e pacote de incentivos para migração de clientes de outros bancos. Todos os principais bancos do país cortaram taxas depois.

Segundo Alexandre Abreu, vice-presidente de varejo do BB, além do novo corte nas taxas do crediário, o banco vai facilitar a adesão de antigos e novos clientes ao programa "Bom para Todos", o que mais tem taxas e tarifas diferenciadas.

No primeiro mês após a redução nos juros, o BB contabiliza um aumento de 50% na média diária de concessões de empréstimos em relação ao mês anterior.

As concessões para financiamento de veículos saltou de R$ 11,2 milhões diários para R$ 28,7 milhões diários após a redução dos juros - aumento de 156,3%.

Na linha de crediário, os desembolsos passaram de R$ 400 mil para R$ 1,3 milhão diário - alta de 238,5% na comparação de março com abril.

Na próxima semana, o BB planeja anunciar redução nas taxas de administração dos fundos de investimento e nos valores mínimos de aplicação, como fez a Caixa na semana passada.

O objetivo, segundo os executivos do banco, é tornar os fundos de investimento mais competitivos em relação à poupança.

O BB, no entanto, aguarda o governo anunciar mudanças na remuneração da poupança para fazer ajustes na política de taxas de administração dos fundos.
Os fundos do BB são administrados pela BBDTVM, maior gestora do país, com 21,3% da indústria de fundos nacional. "Estamos estudando as medidas para fazer uma alteração forte nas taxas de administração dos fundos", disse Abreu.

BALANÇO

O BB anunciou hoje que teve lucro líquido de R$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre do ano, queda de 14,7% na comparação anual e retração de 15,8% ante o período imediatamente anterior.

A queda ocorre em meio a maiores provisões para perdas diante da tendência de aumento da inadimplência.

A taxa de inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias atingiu 2,2% da carteira de crédito, superior aos 2,1% registrados no mesmo período do ano passado. O banco destaca que o resultado ficou abaixo do registrado no Sistema Financeiro Nacional, de 3,7%.

FOLHA