terça-feira, 15 de maio de 2012

Emprego na indústria paulista tem pior resultado para abril desde 2006


O nível de emprego na indústria de transformação paulista registrou queda de 1,14% em abril, ante março, descontando os efeitos sazonais. A taxa é o pior resultado para o mês de abril desde o início da série iniciada em 2006.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (15) pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Do total de vagas criadas no mês, 13.952 correspondem ao setor de açúcar e álcool, o equivalente a um ganho de 0,55%. Já a indústria de transformação foi responsável pela criação de apenas 48 postos de trabalho no mês passado, com variação estável.

Até abril de 2012, a indústria gerou 18 mil postos de trabalho, com uma variação positiva de 0,69% para o período - a menor da série histórica desde 2006 com exceção de 2009, o ano da crise, quando a variação ficou negativa em 1,30% para o mesmo período.

Recentemente, o governo lançou o Plano Brasil Maior, pacote de estímulo à indústria com desonerações da folha de pagamentos de diversos setores e crédito ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), da ordem de R$ 45 bilhões. O objetivo é ajudar a elevar o nível da atividade brasileira.

NACIONAL

Na sexta-feira (11), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, que apontou recuo de 0,4% em março na relação com fevereiro, após ter registrado -0,3% em janeiro e 0,1% em fevereiro. Com o resultado, a média apurada no trimestre também foi de queda, de -0,2%.

Segundo o instituto, o salário real dos trabalhadores da indústria, ajustado sazonalmente, também recuou 0,7% em março, ante fevereiro, após registrar expansão por dois meses consecutivos, período em que acumulou ganho de 6,4%.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL

No dia 10, o IBGE divulgou que a produção industrial de Estado de São Paulo, principal parque fabril do país, teve queda de 6,2% no primeiro trimestre deste ano. Foi o pior resultado para o período desde 2009, quando o Brasil sentiu os efeitos da crise financeira estourada nos EUA.

A queda provocou o declínio de 3% na produção industrial nacional no trimestre, com contribuições menores dos Estados de Santa Catarina (-6%), Rio de Janeiro e Espírito Santo (-2,4%), região Nordeste (-1,4%), Minas Gerais (-0,7%) e Bahia (-0,7%).

FOLHA