Os três meses seguidos de resultados expressivos nas vendas de veículos abriram espaço para uma reação mais forte na atividade das montadoras. A produção do setor somou 329,3 mil unidades em agosto, novo recorde do setor.
O número ficou 1% acima da maior marca registrada até então, em agosto do ano passado. Em relação a julho, a alta foi de 10,6%.
A melhora no mês passado ainda não reverteu a retração no ano. De janeiro a agosto, as 2,18 milhões de unidades fabricadas representam uma queda de 7,2% em relação ao mesmo período de 2011.
O reforço nas fábricas foi necessário para abastecer um mercado com alta demanda. As vendas deslancharam depois da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), em maio. Só no mês passado, mais de 420 mil veículos foram comercializados, o maior número da história.
FILA
Diante da procura, alguns modelos já têm fila de espera nas concessionárias. O mercado deve se manter aquecido por pelo menos mais dois meses, quando deve se encerrar a redução tributária.
A retomada da produção puxou o nível de emprego do setor. Em agosto, as montadoras abriram cerca de 200 vagas e elevaram para 127.747 o número de trabalhadores empregados, número 2% superior em relação ao mesmo mês do ano passado.
Se considerada também a produção de máquinas agrícolas, o número sobe para 147.731 empregados.
Em agosto, houve melhora também nas vendas ao exterior. As exportações avançaram 42,8% em relação a julho, para 42,4 mil unidades, mas ainda estão 9,5% abaixo do nível registrado no mesmo mês do ano passado. No ano, a queda já chega a 15,1%. Em valores, contudo, a retração até agosto é menor, de 3%.
FOLHA DE S. PAULO
