sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Carros e construção devem puxar PIB do terceiro trimestre


A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros e dos materiais de construção devem “redimir” o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, previsto para ser divulgado às 9h desta sexta-feira (30). A previsão dos economistas é que a alta do PIB fique em torno de 1% na comparação com o trimestre anterior.

Apesar de considerado ruim, o resultado da indústria, puxado por esses setores, deve ser o destaque da melhora – ou da menor piora, segundo dizem – do PIB trimestral e evitar um resultado mais tímido da economia.

Segundo a economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Marzola Zara, a indústria deve ter melhor desempenho entre agosto e julho por conta dos benefícios fiscais e também por terem como base de comparação resultados ruins dos trimestres anteriores. “Nas indústrias automobilística e de bens duráveis como linha branca, houve redução de estoques, mas também houve produção”, diz.

Para a economista da consultoria Tendências Alessandra Ribeiro, o que mudou na indústria em relação ao resto do ano foi a redução do IPI. “A prorrogação segurou a queda do setor”, diz.

Maior desde 2010, mas baixo

Se confirmado, o crescimento de cerca de 1% será o maior desde 2010. Naquele ano, o PIB cresceu 1% no quarto trimestre e 1,3% no segundo. Mas, com altas tímidas 0,1% e 0,4% nos dois trimestres anteriores, o resultado do PIB de julho a setembro deixa o Brasil ainda longe do resultado previsto pelo governo no início do ano – o governo projetava então um crescimento de até 4,5% no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2012.

A previsão do governo para o PIB do terceiro trimestre é agora pouco mais otimista que a do mercado: em meados de novembro, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, destacou que dados do Banco Central (BC) apontam uma alta de 1,15% no PIB do 3º trimestre deste ano.
Na semana passada, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez previsão similar: a expectativa, de acordo com o ministro, é que seja registrado crescimento em torno de 1,2%.

G1