Marli Moreira
Agência Brasil
Agência Brasil
O nível de emprego no setor da construção civil brasileira recuou
0,94% em fevereiro, em relação a janeiro, com o corte de 30,9 mil postos
de trabalho. No mesmo mês, em 2014, houve queda de 7,82%, com o
fechamento de 278.137 postos. Os dados são da pesquisa mensal do
Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo
(SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
No fim de fevereiro, a base de trabalhadores estava em 3,276 milhões
de pessoas. Em nota, o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz
Neto, alertou que o desemprego pode crescer ainda mais. “A queda do
emprego na construção está ocorrendo em uma dimensão preocupante em
todos os segmentos do setor, que representa 50% dos investimentos do
país”.
Para interromper esse processo, segundo o executivo, é necessária a
retomada dos investimentos em infraestrutura e em obras imobiliárias,
com mais recursos para o Programa Minha Casa, Minha Vida. Ele defendeu a
revisão do fim da desoneração da folha de pagamentos na área de
construção.
POR REGIÕES
A Região Sudeste apresentou o maior número de empregos suprimidos
(12.813), com queda de 0,78% em comparação a janeiro. A queda mais
expressiva foi constatada no Norte (-2,24%), com o corte de 4.628 vagas.
No Nordeste, o saldo entre demissões e contratações foi negativo em
1,56%, com a eliminação de 11.122 empregos; no Sul, ocorreu o corte de
947 vagas (-0,19%) e no Centro-Oeste, de 1.452 (-0,58%).
No estado de São Paulo, o índice ficou negativo em 0,62%, com um
corte de 5,2 mil vagas. Em relação a fevereiro do ano passado, foi
constatada queda de 6,08%, com o fechamento de 54.316 postos de
trabalho. O número de empregados na construção civil estadual estava em
839,2 mil pessoas no fim de fevereiro.
Na capital paulista, o saldo foi 0,72 inferior a janeiro, com a redução de 2.806 trabalhadores.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A bolha imobiliária enfim começou a esvaziar, com redução dos preços de venda e dos aluguéis. A crise vem ocorrendo desde 2011, mas os preços foram mantidos artificialmente altos. Agora, não dá mais para segurar. A maior empresa do setor, a PDG, tem milhares de imóveis novos em estoque, sem encontrar compradores e tendo de pagar condomínios e IPTU. As outras empresas atravessam o mesmo problema. Não há compradores, porque os preços estão abusivos. Quem comprou imóvel para especular já está quebrando a cara. (C.N.)
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