domingo, 17 de maio de 2015

A ILUSÃO QU A MENTE BORDA, NA POESIA DE ILKA BOSSE

A pedagoga (formada em duas
habilitações na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras), empresária, escritora, cronista e poeta catarinense Ilka Bosse, conhecida como Bailarina das Letras, escreve sobre todos os assuntos, atualidades ou não, mas, o que a hipnotiza é escrever livre e brincar com metáforas, é mais um estado de espírito do que um trabalho que a mente prepara com antecedência…
 
“Não me prendo à métricas,rimas ou regras rígidas do poetar – embora admire a quem o faça… Quando lanço mão à caneta ou teclado, eu simplesmente viajo num mundo irreal que, às vezes, me leva à trilha do real… São rumos não traçados, mas, é isso que me atrai. O desconhecido, o novo, a ilusão que a mente borda…”, salienta Ilka Bosse.

A MENTE

Ilka Bosse

Rendo-me a ser escrava…
Ardendo em brasa, o oco
que o fogo cava…
A dor da ausência ataca,
cortando na carne,
com gume, deste fogo,
da própria faca…
E a mente capta vozes
da própria mente,
que sempre mente,
um pouco,
do que a mente sente…
A alma desnorteada
acredita
nas inverdades
que a mente dita.
“Vamperiza” e suspira,
debilitada…
Prendendo-se à trama
e à rede
firmemente afixada…
A teia que não rompe,
nem corrompe,
mas, intoxica…
A Mente.

               (Colaboração enviada por Paulo Peres – site Poemas & Canções)

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