domingo, 21 de fevereiro de 2016

Setor financeiro está destruindo este país há décadas

Luís Hipólito Borges


Não se deve perder tempo discutindo aqui questões políticas. Quem é governista ou quem é oposição. O que discuto é a questão do terror econômico em que vivemos. O Jornal Nacional divulgou semana passada que mais de 100 mil lojas foram fechadas no Brasil em 2015.

Dívida nem se discute mais, pois não temos dinheiro sequer para pagar os juros, pois o déficit primário foi de 120 bilhões o ano passado e nem todos os aumentos de impostos e até novos impostos cobrem esse rombo. O Brasil já passou por diversas crises e conseguiu se recuperar anos depois. Isso faz parte do passado.

Os governos da União e dos Estados estão falidos, levando junto os municípios. Só que o setor público não corta gastos, somente aumenta impostos. Sem haver um ajuste, uma forte reforma econômica, todos os anos teremos mais dívidas, mais juros e mais carga tributária. Por outro lado, haverá menos investimentos e mais desemprego e violência. Os milhões que hoje estão frequentando um curso superior, onde encontrarão empregos em um cenário de PIB negativo ou crescimento medíocre?

PREVISÕES SINISTRAS

Com tudo isso que falei, estamos em fevereiro e todas as previsões são de piora da economia. Qual a perspectiva para um jovem no Brasil nos próximos anos? Será que vão emigrar para outros países que ofereçam melhores condições de vida?

O que falo aqui é o que está acontecendo, basta ver os números que são divulgados pelo próprio governo e seus institutos de estatísticas e pesquisas. Se alguém tiver alguma esperança ou expectativa de melhora sobre o futuro deste país, por favor deixe seu comentário, pois não vejo espaço mais para otimismo em qualquer setor da economia.

O único setor que realmente pode ser otimista no Brasil é o financeiro, que está destruindo este país com os maiores juros do mundo há décadas.